Etarismo no ambiente de trabalho, é toda forma de preconceito baseado na idade do profissional. Ele pode afetar profissionais mais jovens também, mas em geral, os mais experientes costumam enfrentar mais dificuldade para se manter no mercado. E nesses profissionais que vamos focar hoje!
Esse pensamento surge com base na ideia de que pessoas mais velhas teriam dificuldade para se adaptar às tecnologias e acompanhar o ritmo de trabalho.
Grandes talentos acabam perdendo vagas para pessoas mais jovens apesar de muitas vezes serem mais adequados para o cargo.
Afinal, como o etarismo se manifesta no trabalho?
O etarismo pode se manifestar no ambiente de trabalho de diversas maneiras e, muitas vezes acaba passando despercebido. Algumas situações cotidianas nas quais podemos identificar esse tipo de preconceito são quando:
A idade é o motivo para o desligamento de um colaborador;
Promoções e oportunidades de capacitação são oferecidas apenas para os profissionais mais jovens;
Outros colaboradores utilizam apelidos para diminuir esse profissional;
O profissional é rejeitado na entrevista apenas por ser mais velho, apesar de ser mais qualificado;
E até mesmo quando são oferecidos propostas para se aposentar antes.
O etarismo em dados
Você já percebeu que a população está envelhecendo? Bom, é verdade: segundo o IBGE, a população 50+, totalizava 20,8% em 2010, hoje já são 31,83% e tendem a subir para 38,36% em 2040. O envelhecimento populacional é uma tendência mundial, e a permanência dessas pessoas no mercado de trabalho deve ser incentivado todos os dias.
Além disso, o InfoJobs realizou uma pesquisa com 4.588 profissionais na qual ficou evidente o etarismo com pessoas mais velhas no brasil: 70% dos profissionais com mais de 40 anos afirmam já terem sofrido preconceito por causa de sua idade. Enquanto isso, 78% dos pesquisados dizem que o mercado não oferece as mesmas oportunidades para quem está acima dos 40 e, para 61%, o principal desafio é não encontrar empresas que acreditem no seu potencial e lhes oferecam noas oportunidades.
Como os gestores e setor de RH podem ajudar?
Primeiramente, o relacionamento colaborador-empresa deve ser desenvolvido com base em respeito mútuo. E isso começa na fase de recrutamento e seleção. Escolha os melhores talentos, bons profissionais que irão agregar em sua equipe, independente de sua idade.
A diferença salarial costuma ser um grande problema também. É importante que a remuneração não fortaleça nenhum tipo de preconceito. Por isso, reavalie como estão os salários de seus colaboradores, faça questão de nivelar os valores por cargo, de maneira a não haver diferenças na remuneração entre pessoas mais velhas e mais jovens que exercem a mesma função.
Proporcionar oportunidades de crescimento pessoal e profissional para todos. Incentive a capacitação e atualização de todos os seus colaboradores, mantendo o time engajado e bem preparado.
Deixe claro que sua empresa tem uma tolerância zero para quaisquer tipos de preconceitos e que há consequências para os responsáveis. Esteja ciente de que o etarismo existe e faça o possível para combatê-lo dentro da sua equipe.
Alem disso, é importante promover espaços de conversa para que se possa discutir tais assuntos. Ouvir o colaborador é uma das funções mais importantes dos líderes de uma empresa.
Rodas de conversa são uma boa opção para gestores que buscam melhorar o clima organizacional e entender a fundo como podem tornar a convivência melhor para todos.
Reconheça o papel de cada colaborador dentro da empresa. Valorize seu candidato por suas habilidades e experiência, mas também pela sua vontade em crescer!
Está pensando em contratar?
Fique de olho nos melhores candidatos e busque formar uma equipe diversa e engajada independente da idade!
